Papo brabo
A verdade é que não se escreve mais como antigamente; pois naquele tempo não havia computadores e, por incrível que pareça, nem mesmo canetas esferográficas. Porém, se fôssemos registrar em papel todos os absurdos do ser humano, não sobraria sequer uma resma para os cartões de Natal. Isso posto, não de gasolina nem de saúde, já que uma é cara e a outra é carente, vamos ao que interessa. Quando digo vamos ao que interessa, vem-me logo à mente a pergunta: interessa a quem? A mim, pensará o leitor desavisado. O leitor avisado perceberá facilmente que estou me referindo em geral a assuntos interessantes e, se não forem, também não interessa. Resolvida essa questão da maior importância para aqueles que assim pensam, passo a seguir ao tema central da discussão, por sinal uma discussão que se perpetua enquanto dura. A pergunta é a seguinte: como abordar um tema central quando se está fora do centro e, por isso mesmo, longe do efeito da força centrífuga? Como ficam nisso tudo o centro do poder...